Aprovados pelo Enem recomendam foco em redação e atualidades

Estudo é parecido com o de outros vestibulares. Veja dicas de alunos que garantiram vagas em universidades com nota do exame

Marina Morena Costa, iG São Paulo 30/07/2011 06:00

Neste ano, mais de 5,4 milhões de pessoas irão prestar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de olho nas milhares de vagas em instituições públicas de ensino superior oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – só nas universidades federais serão pelo menos 74 mil. Quem passou garante que alguns detalhes podem fazer a diferença antes, durante e depois da prova.Após quatro anos de cursinho, Henrique de Sancti Brandão, de 25 anos, conseguiu ingressar em Medicina na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) com a nota do Enem. Ele conta que seguiu o conselho dos professores e estudou para a Fuvest (vestibular da USP). Consequentemente, estaria se preparando para o Enem. “Além das disciplinas gerais, acompanhei as notícias, porque a prova cobra atualidades e dediquei mais tempo à redação do que dedicaria em outros vestibulares”, diz.

Henrique fez 975 pontos na redação e teve média 805 no Enem. Como estudou em escola pública, optou pela cota social da Ufscar, que dava peso 2 à redação – mais um motivo para priorizar a prova. “A redação foi no mesmo dia da prova de matemática, que eu sabia que era complicada, com muitas conversões, enunciados confusos e problemas nas alternativas. Por isso resolvi investir no texto”, lembra.

Rafael Moura, de 22 anos, ingressou na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) com a nota do Enem. Assim como Henrique, priorizou a redação. “Fiz uma disciplina extra de redação no cursinho e produzia de dois a três textos por semana.” Para o estudante mineiro, o exame nacional significou a possibilidade de estudar em outro Estado sem precisar viajar para fazer o processo seletivo.

Sisu

Letícia Kinappe, de 25 anos, foi aprovada no curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) no começo deste ano. Após quatro anos longe dos estudos, ela decidiu se preparar sozinha para o Enem. Montou uma planilha com base no edital do exame e se comprometeu a estudar todas as noites e finais de semana. “Primeiro foquei nas matérias que eu tinha mais dificuldade: física, matemática e história. Depois passei a estudar as que valiam mais para o meu curso”, conta.

Na hora de escolher a vaga no Sisu, Letícia não teve dúvida quanto ao curso e a instituição e não mudou de opção (durante a rodada de inscrição, o candidato pode mudar de ideia, caso perceba que sua nota no Enem é inferior a nota de corte do curso). “Até o terceiro dia eu tava com a nota para entrar na primeira chamada, mas depois saí da lista de aprovados e fui convocada em segunda chamada”, lembra.

A estudante ficou assustada, mas depois descobriu que muitos aprovados não se matricularam. “Dos 120 aprovados de primeira, 90 não se inscreveram. Isso é comum e não adianta se desesperar nem mudar para um curso mais fácil. Vale a pena insistir”, aconselha.

Situação parecida aconteceu com Ana Claudia Gonçalves, 25 anos, estudante de Direito da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). No primeiro dia de inscrição do Sisu, ela estava bem colocada, mas depois saiu da lista de aprovados e não passou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que era sua primeira opção. “Decidi deixar assim mesmo e passei na FURG na terceira chamada.”

Prova de resistência

Os estudantes aprovados afirmam que a prova do Enem exige resistência e aconselham os vestibulandos a conhecer o exame fazendo simulados. São dois dias de prova, cada um com 90 questões de múltipla escolha, e uma redação. “O Enem não se ganha só sabendo a matéria, mas sabendo fazer ele, sabendo levar a prova, que é muito cansativa”, alerta Henrique.

Fonte: IG

Aluno com mais de 600 pontos no Enem poderá disputar bolsa fora

Dilma anunciou investimentos públicos de R$ 3,1 milhões em programa para enviar 100 mil estudantes para intercâmbio

Estudantes e pesquisadores brasileiros das áreas de engenharia, tecnologias, ciências exatas, informática e biologia poderão disputar, em breve, bolsas de intercâmbio oferecidas pelo governo. Em abril, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que criaria um projeto para distribuir 75 mil bolsas de intercâmbio até 2014. Nesta terça-feira, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, apresentou as linhas gerais do Programa Ciência sem Fronteiras.

A expectativa é aumentar o número de bolsistas para 100 mil com o apoio de empresários. O mérito será o critério básico para concessão dos benefícios, de acordo com o ministro. No caso das bolsas de graduação, por exemplo, os candidatos terão de apresentar pontuação superior a 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os destaques em programas de iniciação científica e olimpíadas de conhecimento serão valorizados. As instituições com boas notas nas avaliações do Ministério da Educação também receberão cotas adicionais de bolsas.
O benefício para os jovens inclui a manutenção no exterior, passagens aéreas, seguro-saúde e até taxas escolares, dependendo da instituição. A duração dos programas varia: há bolsas de um ano e até quatro anos.

Apoio dos empresários
O governo brasileiro espera que empresas interessadas na formação de novos talentos ou aperfeiçoamento dos próprios funcionários apoiem o projeto. Pelo programa apresentado por Mercadante, os empresários poderiam pagar taxas escolares (valores que variam entre 20 mil e 40 mil dólares ao ano por cada aluno), bolsas de manutenção (entre R$ 30 mil e R$ 50 mil) ou oferecer estágios nos próprios centros de pesquisa e desenvolvimento internacionais.

Dos cofres públicos, sairão cerca de R$ 3,1 milhões para financiar o programa. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) será responsável por distribuir 40 mil bolsas até o fim do mandato de Dilma, investindo R$ 1,7 milhão. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concederá, no mesmo período, outras 35 mil bolsas com R$ 1,4 milhão de investimentos.

As 75 mil bolsas custeadas pelo governo serão divididas entre estudantes do ensino médio, de ensino superior, especialistas e jovens cientistas. Aos alunos de graduação, que poderão estudar um período do curso em universidades estrangeiras, serão destinadas 27,1 mil bolsas. Os cursos de doutorado-sanduíche – com duração de um ano – receberão outras 24,6 mil bolsas e outras 9,7 mil vão para doutorados integrais – com duração de quatro anos. O programa pretende oferecer 700 bolsas para treinamento de especialistas de empresas no exterior e 860 para jovens cientistas.

Prioridades
Inicialmente, áreas como engenharia, ciências exatas, biológicas e da saúde serão priorizadas (veja lista abaixo). “Enquanto a Coreia [do Sul] tem um engenheiro para cada quatro formandos, o Brasil tem uma proporção de um para cada 50 formandos”, explicou Mercadante. Segundo o ministro, o total de bolsas concedidas para a área de humanas aumentou 66% entre 2001 e 2009, enquanto nas engenharias cresceu apenas 1% no período. As bolsas para a área de ciências exatas e da terra diminuiram 16%.

Durante a apresentação, o ministro afirmou que o governo está assinando contratos com 238 universidades no exterior. A seleção será feita de acordo com os rankings da Times Higher Education e da QS World University.

Áreas prioritárias do programa:
– Engenharias e demais áreas tecnológicas;
– Ciências exatas e da terra: física, química e geociências;
– Biologia, ciências biomédicas e da saúde;
– Computação e tecnologias da informação;
– Tecnologia aeroespacial;
– Fármacos;
– Produção agrícola sustentável;
– Petróleo, gás e carvão mineral;
– Energias renováveis;
– Tecnologia mineral;
– Tecnologia nuclear;
– Biotecnologia;
– Nanotecnologia e novos materiais;
– Tecnologia de prevenção e migração de desastres naturais;
– Tecnologias de transição para a economia verde;
– Biodiversidade e bioprospecção;
– Ciências do mar;
– Indústria criativa;
– Formação de tecnólogos

Fonte: Último Segundo

Sisu terá pelo menos 74 mil vagas para universidades federais

Os estudantes que prestarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 22 e 23 de outubro poderão concorrer a pelo menos 74 mil vagas em universidades federais no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2012. Em comparação ao primeiro semestre deste ano e considerando as mesmas instituições, o aumento já é de 27% – em 2011 foram ofertadas 58.357 vagas.

O Ministério da Educação (MEC) ainda não divulgou as instituições que participarão do processo que utiliza a nota no exame para escolher seus calouros, mas conforme levantamento realizado pelo iG, das 57 universidades federais e dois Centros Federais de Tecnologia do País, 39 já confirmaram a adesão, sete ainda não decidiram e 13 ficarão de fora.

Incluindo os institutos federais e algumas faculdades estaduais que entram no sistema, o número total ainda vai aumentar. Em 2011, a soma final chegou a 83.125 vagas em 83 instituições públicas. Além disso,  como muitas instituições não publicaram os editais de seus processos de seleção, o levantamento do iG se baseia nas vagas já oferecidas, mas algumas faculdades criarão novos cursos.

Entre as universidades que aboliram o vestibular, também ocorreu um aumento. No primeiro semestre de 2011, foram 23 que utilizaram apenas o Sisu. Para a próxima seleção, já são 25 confirmadas, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Piauí, que definiram a adesão total ao sistema este ano – elas já participavam, mas apenas com parte das vagas.

Quem prestar o Enem ainda terá a chance de entrar em algumas universidades que preferem não aderir ao Sisu, mas selecionam com a nota do exame, como é o caso da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O vestibular resiste como o único modo de seleção em oito federais, nas quais o exame do MEC é usado apenas para selecionar vagas remanescentes ou compor a nota final. Para consultar, confira no link abaixo como as 59 universidades vão utilizar o Enem:

Sisu terá pelo menos 74 mil vagas para universidades federais – Enem – iG.

Classificados para a 2ª Fase da OBM – Olimpíada Brasileira de Matemática

Foi divulgada a nota de corte para a 2ª Fase da OBM, que será no sábado, dia 3 de Setembro às 14h.

Para ir à 2ª fase, o aluno deveria ter no mínimo 14 acertos e 2 alunos foram classificados. São Eles:

Diogo Steteler Barros –  3º C

Felipe Augusto Diniz –    2º A

Parabéns pelo excelente resultado e parabéns também aos alunos que participaram da prova da OBM, pois a única coisa que não perdemos na vida é o conhecimento adquirido.

Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular

Entre o A da administração e o Z da zootecnia, existem atualmente quase 300 cursos de nível superior no Brasil. É compreensível, portanto, que a dúvida se imponha aos jovens, às vezes de maneira aflitiva, no momento em que eles têm que optar por um só curso: o vestibular. “O que mais incomoda garotos e garotas às voltas com a escolha de uma profissão é a sensação de que, apesar do grande potencial de que dispõem, eles terão de escolher apenas uma carreira, deixando muitas outras para trás”, diz Maria Beatriz de Oliveira, psicóloga e orientadora vocacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A tarefa do vestibulando de escolher uma opção de fato não é simples. Mas não precisa se transformar em um processo doloroso. Ao contrário. Pode ser o momento de pequenas aventuras e algumas descobertas. Um exemplo de aventura: procurar profissionais que já estão integrados ao mercado e ouvir deles como é o dia a dia de suas atividades. Outra possibilidade: visitar o local onde esses profissionais atuam. Afinal, é ali que o aspirante poderá trabalhar no futuro próximo.

Os especialistas aconselham que o candidato invista um pouco no autoconhecimento, além de fazer pesquisas sobre o curso pretendido e o mercado de trabalho. “O objetivo desse processo é expandir o conhecimento do vestibulando: quanto maior for seu horizonte na hora da decisão, mais certeira será sua escolha”, diz Silvio Bock, pedagogo e orientador vocacional. Confira as orientações dos especialistas no link abaixo.

Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular – Educação – Notícia – VEJA.com.

Vestibular. Durante as férias o melhor é estudar ou descansar?

Vestibular. Durante as férias o melhor é estudar ou descansar?.

Veja a reportagem no link acima.

Sai o calendário de inscrições do Vestibular Unesp 2012

A Unesp receberá inscrições de 5 de setembro a 7 de outubro para seu Vestibular 2012, com oferta de 6.629 vagas em 156 opções de curso. Os candidatos deverão se cadastrar pela Internet, no site da Vunesp. A taxa de inscrição é de R$ 110. Os candidatos socioeconomicamente carentes poderão requerer isenção de pagamento da taxa, de 8 a 14 de agosto, também pela página da Vunesp, que divulgará em breve os critérios e procedimentos para obtenção do benefício. Os cerca de 500 mil alunos de último ano de ensino médio de escolas públicas paulistas (Secretaria da Educação do Estado e Centro Paula Souza) pagarão taxa com redução de 75% do valor.


A Resolução, publicada em 6 de julho no Diário Oficial de São Paulo, pode ser consultada neste portal. Nela consta a relação com as 156 carreiras disponíveis em 19 cidades (Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Itapeva, Jaboticabal, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro, Rosana, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, São Vicente e Tupã). As provas serão aplicadas em duas etapas: nos dias 6 de novembro (primeira fase) e 18 e 19 de dezembro (segunda fase).

Sobre a Unesp

A Universidade Estadual Paulista está presente em 23 cidades do Estado de São Paulo com 32 faculdades e institutos, onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão em todas as áreas do conhecimento. Fundada em 1976, a instituição oferece 168 cursos de graduação e 115 programas de pós-graduação. Tem 50.316 alunos (35.026 na graduação, 15.290 mil na pós – lato e sctricto sensu), 3.425 mil professores e 6.880 mil servidores técnico-administrativos. Possui cerca de 1.900 laboratórios e um Hospital de Clínicas.

Oferece cursos pré-vestibulares gratuitos em suas unidades, bem como diversos programas de extensão de serviços à comunidade. Três escolas de ensino técnico são mantidas pela Universidade: o Colégio Técnico Industrial em Bauru, o Colégio Técnico Industrial em Guaratinguetá e o Colégio Técnico Agrícola em Jaboticabal. Clique para conhecer outros dados sobre a instituição.

Assessoria de Comunicação e Imprensa, com informações da Vunesp

Câmara aprova vestibular gratuito para aluno de escola pública

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou nesta quinta-feira, em caráter conclusivo, proposta que isenta da taxa de inscrição no vestibular nas instituições federais de ensino superior os candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública e os que tenham recebido bolsa integral em escola particular.

Em ambos os casos, os candidatos devem comprovar renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio (o equivalente hoje a R$ 817,10).

A proposta será encaminhada para o Senado, a menos que haja recurso para que seja analisada pelo Plenário.

O texto aprovado é um substitutivo da Comissão de Educação e Cultura ao Projeto de Lei 176/07, do deputado Fábio Souto (DEM-BA).

A proposta foi aprovada com emenda do relator, deputado Paes Landim (PTB-PI), que substituiu a expressão “instituições públicas” por “instituições federais”. Landim lembra que nem todas as instituições públicas são federais, cabendo aos estados legislar no caso das instituições estaduais.

Vestibular exige que aluno diferencie linguagem oral e culta

Provas das principais universidades têm questões sobre as diferentes variantes linguísticas da língua portuguesa

Praticamente todos os anos, os vestibulandos encontram em suas provas ao menos uma questão que, a partir de uma tirinha em quadrinhos, de um poema ou de um trecho de um texto, aborda um tema que vem provocando polêmica há alguns meses: as variantes linguísticas.

Em maio, o iG revelou que um livro de língua portuguesa adotado pelo Ministério da Educação (MEC) defende o uso da linguagem coloquial e suscitou um debate em torno do chamado preconceito linguístico. A Ação Educativa, organização que é a responsável pedagógica pela obra, fez um levantamento que mostra que os maiores vestibulares do País vêm cobrando esse tema em questões nos últimos dez anos.

Os exercícios abordam as diferenças linguísticas de diversas formas: pedindo para o candidato verificar onde está aplicada a linguagem coloquial; identificar marcas de coloquialidade nos textos; responder o nome correto da variedade linguística usada em determinada expressão e transformar um trecho de linguagem oral na norma culta.

“O aluno precisa conhecer a linguagem popular para saber o quão distante ele está da norma culta”, diz coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro. “As variedades linguísticas já são um tema consolidado, que é cobrado nos exames.”

Os coordenadores de três dos maiores vestibulares do País concordam que o conteúdo deve ser cobrado, mas sempre tendo em vista a avaliação do aprendizado que o candidato tem em relação à norma culta. “As variantes linguísticas constam no programa do nosso vestibular”, afirma Maria Thereza Fraga Rocco, da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), responsável pelo exame da Universidade de São Paulo (USP). “E não só no nosso: praticamente todos eles cobram.” Renato Pedrosa, coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), destaca que a universidade está sempre em busca dos melhores candidatos, o que inclui expressar-se corretamente na escrita. “A Unicamp espera que o aluno tenha esse domínio, aprendido na escola”, explica.

Para os coordenadores, a cobrança é um reflexo daquilo que é ensinado em sala de aula. “O vestibular presume que o aluno saiba distinguir os diferentes tipos de linguagem” diz Rogério Chociay, assessor da diretoria acadêmica da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp).

Preparo
Para os cursinhos e colégios, o ensino da norma culta é indispensável e é encarado como uma das principais missões da escola. Mas os professores encaram as variantes linguísticas como um tema que passa por um viés cultural, demonstrando as diferenças de costumes entre pontos distantes do País, como os regionalismos dos sotaques e vocabulários.

“Penso que o assunto deva ser tratado pelos professores sem obscurantismo, elitista ou populista, nem moralismo, de uma perspectiva linguística e com sensibilidade para diferenças sociais e culturais”, diz Francisco Achcar, professor aposentado da Unicamp e coordenador de língua portuguesa do Objetivo. Francisco Platão Savioli, professor da USP e supervisor de língua portuguesa do Anglo, destaca que os estudantes chegam à escola dominando uma linguagem – como a utilizada entre os jovens nas redes sociais, por exemplo – que se afasta em menor ou maior grau da norma culta. “Na escola, o aluno vai saber em que situação ela (a norma culta) vai ser necessária, aprendendo a avaliar a adequação de uma linguagem”, explica. “Jogar fora as variantes é jogar fora a riqueza da língua. Ensiná-las não tem nada a ver com ensinar errado.”

Debate
Algumas escolas discutiram o livro do MEC em sala de aula. No colégio Santa Amália, em São Paulo, os alunos tiveram uma proposta de redação baseada em diversos textos publicados nas últimas semanas – tanto os que apoiavam quanto os que acusavam a obra. No Augusto Laranja, na zona sul paulistana, os estudantes se debruçaram sobre os artigos que saíram em diversos veículos de comunicação – a escola já costuma tratar o assunto a partir dos diversos gêneros textuais. “Para trabalhar o conceito de adequação de linguagem utilizamos os mais diversos tipos de padrão de texto”, diz a professora Rosane de Luiz Cesari. Rute Possebom, que leciona língua portuguesa no Santa Amália, reforça que os alunos precisam entender que é o domínio da norma culta que vai aprová-los no vestibular. “E também ajudá-los a conquistar uma vaga no mercado de trabalho”, afirma.

Ministro da Educação confirma recorde de participantes no Enem: 5,4 milhões

Exame será aplicado nos dias 22 e 23 de outubro, em 12 mil locais de prova distribuídos por 1.599 municípios brasileiros.

Da Redação redacao@novohamburgo.org (Siga no Twitter)

O Exame Nacional do Ensino Médio – Enem deste ano tem 5,4 milhões de candidatos habilitados para fazer a prova, conforme foi informado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

Mais de 6,2 milhões de estudantes fizeram a inscrição pela Internet, mas o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep aguardava a confirmação do Banco do Brasil sobre a quantidade de inscrições cujas taxas foram efetivamente pagas.

O número de participantes da edição 2011 é recorde. Em 2010, cerca de 4,6 milhões se inscreveram para fazer a prova. O exame será aplicado nos dias 22 e 23 de outubro, em 12 mil locais de prova distribuídos por 1.599 municípios.

Em 2009, o Ministério da Educação – MEC deu início ao projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem como forma de ingresso no ensino superior. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada – SiSU e podem pleitear vagas em instituições públicas de todo o país.

A partir de 2012 a prova terá duas edições ao ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo. A primeira edição do ano que vem já está confirmada para os dias 28 e 29 de abril. A data da segunda edição ainda não foi definida em função das eleições municipais, que ocorrerão em outubro, mês de aplicação do Enem nos anos anteriores.

A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos – ProUni. Os benefícios são distribuídos a partir do desempenho do candidato no exame e podem ser integrais ou parciais, dependendo da renda da família.

Informações de Agência Brasil